quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Texto antigo... 2005...

E neste altar em que me colocastes, os degraus que deste para subir não possibilitam minha descida, estou presa onde não quero e nem pedi para estar. Nunca soube o que significava para você, não sabia que era tão importante, vejo-me agora insegura e ansiosa como alguém quando anda sobre o perigo, com medo de cada passo, cada gesto, cada ação.
Agora que sei, sinto que tudo pode denunciar o que descobri, pode te fazer recuar. Volto no tempo e percebo quantos sinais tu me deste e como não fui capaz de decifrá-los. Como fui cega para o que não quis enxergar. Penso também no nosso futuro e esse por enquanto é uma paina em branco. Achava que nada me surpreenderia e agora aqui estou, assim que me deixaste, sem saber o que pensar e com nenhuma vaga idéia do amanhã.
É desagradável, porém inevitável pensar e tentar reviver os fatos contando coma idéia de que sue soubesse, seria diferente? Como estaríamos agora? Essa pergunta às vezes me atormenta à noite como um ruído irritante que não cessa a menos que você o esqueça.
Será que tudo seria diferente, que nossas vidas teriam tomado o mesmo rumo, que nossas mãos jamais teriam se separado?
Será que eu agora não estaria surpresa com esses seus sentimentos e eles seriam comuns e significativos para mim? Só a mais improvável hipótese poderia me responder isso.

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