sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Experiência no SWU - Parte 1

Resolvi escrever sobre minha experiência no SWU. Acho que todo mundo já ouviu sobre elas, mas é bom deixar aqui documentada.


Ela começou quando eu soube que haveria um show de Linkin Park, acho que pelo site do Vagalume. Fui ao site oficial e vi que tinha uma data, em Outubro, mas sem mais informações. Comecei a entrar no site toda semana, então descobri que seria um festival que incluiria várias bandas inclusive Incubus! Era só o que eu precisava para arrumar minhas malas. Mas antes disso tiveram alguns obstáculos. Primeiro deles foi o valor do ingresso. Na época eu estava estudando para tentar entrar no mestrado da UFPE e da USP, terminando de escrever monografia e ainda quase sendo reprovada na disciplina de Química de Produtos Naturais. Fora os conflitos pessoais com melhores amigos, dúvidas sobre onde ia morar e por aí vai.
Então tive que esperar sobrar dinheiro, e acompanhando pelo site da TAM o valor das passagens crescendo, e eu sem saber se estaria morando em Recife ou São Paulo na época do show. Quando eu finalmente decidi minha vida, passei no mestrado e recebi a primeira bolsa entrei direto no site do Ingresso Rápido para comprar o ingresso. O valor do ingresso era de R$ 290,00, só que tinha uma taxa de conveniência de R$ 60,00, vendo isso resolvi comprar na loja do shopping (pirangagem deu resultado, vocês vão entender porque). Na loja a taxa de conveniência ainda existia, embora menor: R$ 52,00 (grande diferença!), mas como era o jeito eu comprei. Por comprar na loja, o ingresso foi impresso com meu nome e CPF nele. Feliz na vida coloquei o ingresso no envelope, voltei pra casa e fui procurar passagens. Comprei a passagem pela TAM, pelo singelo valor de R$ 652,24. Um rombo que tive que parcelar no cartão do papai e ainda estou pagando.
Como decidi ficar em Recife, tive que procurar um lugar para ficar. Como meu querido amigo Dayvson passou no doutorado da USP e foi estudar lá, ele foi amigão e me ofereceu um lugar onde ele estava morando com mais três caras. Eu ficaria em qualquer buraco que fosse para não pagar mais caro. No dia, fiz minha mala e fui pro aeroporto. Quando chego lá, uma funcionária desprovida de agudez mental estava organizando as filas do check-in, dizendo: “Fila 1 para quem tem destino à São Paulo, fila dois para o destino Rio de Janeiro!” e no microfone eu escuto: “Vôo com destino ao Rio de Janeiro, galeão última chamada!”. Após ouvir isso eu calmamente fui para que fila? A 1, afinal eu ia para São Paulo. Depois de uns 15 minutos na fila ouvindo aquela mulher, com aquela voz de tesão, às 06:15 da manhã dizendo: “Vôo com destino ao Rio de Janeiro, galeão, última chamada!”, chegou a minha vez de fazer o check-in. Como de praxe entreguei a minha carteira de habilitação (nunca levo o bilhete nem nada do tipo, porque pelo meu nome sempre achavam) e depois de três tentativas a atendente diz: “Senhora, seu nome não consta nesse vôo e eu tenho que liberá-lo agora. Por favor vá até aquele outro setor e verifique o problema que lhe embarcamos no próximo!” Já pensei, pronto! Fui até o outro setor, a mulher me mostrou a lista de passageiros e meu nome não estava lá. Ela me pediu o número do meu vôo, e eu lá tinha isso? “Eu tenho no meu email!”, lembrei. Perguntei onde eu poderia acessar a internet, ela disse que essa hora estava fechado, só abria às 08:00. Quando achei que tudo estava perdido, lembrei do Ipod do meu irmão que ele tinha magicamente me oferecido no dia anterior (achei estranho pois ele não vive sem ele e eu ia passar UMA SEMANA fora) e tentei achar uma rede. A da Infraero,como de praxe, não me deixava conectar, mas tinha uma rede de um restaurante que deixou. Entrei no meu email, acessei o número de vi, que meu vôo tinha uma escala, NO RIO DE JANEIRO, aeroporto do Galeão. Mostrei à funcionária do Check-in e ela embarcou minha mala e disse: “Você não vai andar, você vai correr até o avião, porque a porta já fechou!” O que fiz? Corri desembestada pelo Aeroporto dos Guararapes, dei um pseudo-beijo no meu namorado e com todo mundo olhando com cara feia para mim no vôo, embarquei. Interessante que nos filmes, a mulher do microfone sempre chama o nome de quem tá faltando, mas tudo bem, o pessoal já estava com raiva suficiente sem eu ser uma pseudo-celebridade-relâmpago. Cheguei no aeroporto do Rio e fiquei esperando mais de uma hora, sem nada pra fazer... sem encontrar nenhum famoso... e então embarquei pra Congonhas.

Continua...

2 comentários:

  1. Pq tu n intitulada isso de" meus causos não tão casuais?" a verdadeira história do meu primeiro SWU, podia virar livro!. Aguardo os próximos capítulos!

    ResponderExcluir
  2. Eu estou esperando você contar uma parte específica que teve muito perigo, emoção e uma reviravolta impressionante!! =P

    ResponderExcluir