Resolvi escrever sobre minha experiência no SWU. Acho que todo mundo já ouviu sobre elas, mas é bom deixar aqui documentada.
Para ler a parte 1, clique aqui.
Ao chegar a Congonhas (ouvindo apenas LP e Incubus durante TODO o vôo), achei que o avião não fosse parar e eu fosse bater na parede, mas nada aconteceu e eu peguei minhas bagagens (pelo menos chegaram dessa vez, diferente de quando fui pra SBQ, enfim!) e saí na parte do desembarque. Tinha tanta gente, com placa em inglês, sorrisos no rosto, rostos chorosos e nada de Dayvson. Me sentei e fiquei esperando. Depois de 15 minutos foi que me dei conta: “Eu não peguei o número dele em São Paulo, só tenho o de Recife (desligado!)”, “Não peguei o telefone de mais ninguém que está morando com ele aqui em São Paulo.”, “Não peguei o endereço dele”. Durante mais 20 minutos tensos (no sentido mais tenso da palavra) ele chegou! Eram 12:45.
Êe... andar de ônibus com duas malonas, pegar mais outro ônibus, não fazer a mínima idéia de onde está e QUE frio fazia nesse dia. Eu sou de Recife, né? 18°C é uma geladeira para mim. Conversamos litros, colocando as fofocas em dia, cheguei na casa dele, me apresentou o paulista-mineiro Luís “Nossa cara” Gustavo, comemos umas besteiras, joguei minhas malas para o lado, sentamos frente à frente em duas camas que estavam em um dos quartos, quando já estavam bem escuro e a conversa fluindo eu parei distraidamente e olhei para minha bolsa, pensei “Oxi, eu não ia trazer a bolsa roxa? Por que eu estou com a preta? Ah, é! Eu troquei ontem de noite, antes de dormir, essa combina com mais roupas. Eita, mas será que eu tirei tudo da outra? Eita! O ingresso!”. Nesse momento foi que olhei para Dayvson. Deveria haver um desespero indescritível na minha testa porque só aí foi que ele parou de falar, sobre um assunto que eu não estava ouvindo devido às minhas divagações sobre a bolsa, e me perguntou: “Que foi?”. Eu me desesperei, levei as mãos aos cabelos como só uma mulher fora do controle consegue fazer e disse: “Eu esqueci o ingresso!”. E fez: “O QUE? Tu tais brincando, né?”. Bem que queria...
Nos minutos seguintes foi eu explicando como isso aconteceu, ele ainda sem acreditar, rindo com a piada que ele achava que estava por vir e começamos a analisar as nossas possibilidades. Eu estava tão alterada que só consegui pensar em duas: voltar para Recife e pegar (Hã?) ou pedir para alguém levar para mim (Hã? Oi?). As duas envolviam muito dinheiro e mais uma coisinhas que nós não tínhamos: tempo. Eu cheguei lá no domingo 10.10.10 e o show seria no dia seguinte, à noite, mas nós reservamos uma vaga numa caravana (que diga-se de passagem foram mais R$ 50,00 dos meus bolsos) que saiu da rodoviária da Barra Funda às 08:30 da manhã. E quando eu dei pela falta dos ingressos eram sete e pouca da noite.
Ele sabiamente e menos desesperado, pois sabia que seu ingresso jazia lindo e protegido na tranquilidade do seu guarda-roupa, sugeriu que fôssemos à USP para olhar na internet. Porque eles estavam sem internet em casa. Então peguei outro casaco, para não congelar, e fomos caminhando até lá (ele mora bem pertinho), aonde pelo caminho ele ia me oferecendo palavras de conforto como “Vai dar tudo certo!”, “Não se preocupe!” e eu pensando : “Fudeu!”. Depois de todos os subterfúgios que usamos para entrar no Instituto de Química da USP, em um domingo à noite, que não vale a pena citar aqui (afinal sabe-se lá quem vai ler isso, não quero ser presa antes de ir pro Rock in Rio), chegamos ao site do evento. Checamos tudo: páginas de dúvida, vendas, e “escambal à quatro”, nada. Apenas um número de atendimento da empresa que fez a venda de ingressos, funcionamento até às 19:00. E nessa hora, um espírito ruim falou no meu ouvido e pensei: “Vou dizer que fui roubada!”. Contei a idéia para Dayvson e ele disse que talvez funcionasse. Voltei para casa desolada, dormi muito mal e acordei cedíssimo.
Continua...
Fica fazendo suspense, pqp... conta logo tudo que eu to ligado que vc tem um .doc com a história toda contada...
ResponderExcluirEmbora eu ja conheça o desfecho da epopéia, o jeito peculiar que vc tem pra contar a história deixa tudo mais interessante!! =P
"Ele sabiamente e menos desesperado, pois sabia que seu ingresso jazia lindo e protegido na tranquilidade do seu guarda-roupa..." HAUEHUAEHUAHEUAHEUAEHU. Foi bem isso mesmo!! ;P
to dizendo comigo foram as malas e com dayvson o ingresso eu quero ver como será no rio!
ResponderExcluirQuem odeia Touch Screen?
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