quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Experiência no SWU - Parte 3

 Resolvi escrever sobre minha experiência no SWU. Acho que todo mundo já ouviu sobre elas, mas é bom deixar aqui documentada.



Para ler a parte 1, clique aqui.
Para ler a parte 2, clique aqui.


Acordei antes dele para poder me maquiar, lógico. Um olho bem pretão esfumado. Depois de nos arrumar, pegar ônibus, metrô (meu pai, tudo em Sampa é longe!) chegamos à Barra Funda, nos juntamos ao monte de gente estranha com cara de que: se estavam juntos, no frio, àquela hora da manhã, em uma segunda-feira só poderia estar indo para um festival de Rock. No caminho de ida todo mundo animado! Bebendo, cantando (até música de anime rolou) e de pé bagunçando o ônibus. Chegando lá fomos logo procurar uma maneira de pegar meu ingresso! Mas no caminho escuto nada mais nada menos que a voz de Chester, Linkin Park estava passado o som! Ali, poucos metros de mim! Isso revirou as poucas entranhas que ainda me restavam. Eu estava ali, era real! Se eu não conseguisse entrar? Quanto mais o tempo passava, menos eu tremia de frio e mais de nervoso.

Sim, frio! No site do evento dizia que fazia sol, ir com roupas leves, levar óculos escuros, protetor solar, muita água. Verdade: era um sol de rachar, mas um vento gelaaaado! E eu fui de que? De shorts! Ainda bem que me conhecendo levei um casacão para usar (de noite) que acabei com ele quase o dia inteiro, tirando a parte dos shows, claro... neles estava mais do que aquecida!
Mas sim, indo resolver meu problema. A fila para entrar já estava interessante, mas pulamo-la e fomos para o setor da empresa que vendeu os ingressos, pois quem comprou pela internet tinha a opção de retirar na hora do evento (tenho é pena de quem optou por isso, principalmente se chegou depois do meio-dia) e me encaminhei para um dos guichês. Como quem não queria nada entreguei minha carteira de habilitação e carteira de estudante. A atendente pediu o cartão que eu fiz a compra, eu prontamente entreguei então ela disse: “Ah, encontrei! Uma meia-entrada, pista Premium, não é?”. Pensei: “Pronto, passou, tudo certo!”. Minha calma não durou dois segundos ela disse: “Peraí, esse ingresso já foi impresso!”. Foram uns 10 segundos: Eu olhei para Dayvson, ele tava com aquela cara de “E aí?”, olhei pra cima, então voltei para ela e disse: “É que eu fui assaltada!”. Ela disse que não podia fazer nada, que o ingresso já tinha sido impresso, que não poderia imprimir outro, falou com a supervisora da parada que disse a mesma coisa e que não poderia fazer nada e me perguntou: “Você tem o B.O.?” (boletim de ocorrência, para quem nunca foi assaltado, rsrsrs). Eu disse que não porque tinha sido de noite, na noite anterior. Ela insistiu que sem o B.O. não poderia fazer nada.
Foi nesse momento que eu soltei um sincero, desesperado e decisivo “E agora? O que eu faço? Vou ter comprar outro?” (É, porque na noite anterior essa possibilidade não me surgiu à mente). Digo decisivo, porque Dayvson disse que isso foi o que mobilizou a supervisora que me chamou bem perto e disse: “Você não veio aqui, você não falou comigo, vá até aquele vagão ali e conte essa história, mas diga que foi assaltada agora, no caminho para cá!”. Ok, vamos lá. Fui ao vagão, contei a história. Nesse momento minhas mãos já estavam tremendo... Vou conseguir? Não vou? Que sufoco. E Dayvson “Calma, Paty!”, que contribuiu para a responsável comprar a história do assalto. Então ela veio com ele, o ingresso, de cortesia (dizia venda proibida, para quem vão esses ingressos?) e me entregou. Eu queria abraçá-la, mas havia grosas grades entre nós, então perguntei apenas o nome da mesma. Ela, “Simone!” e eu “O nome da minha irmã! obrigado, obrigado...”. De acordo com Dayvson o nome dela poderia ser Astrogilda que eu ia dizer que era o nome de todas as minhas tias.
Depois disso fomos sair da parte dos ingressos e ir pra fila que nesse momento já estava assustadora. Aí ela disse “Aproveitem que já estão aqui e entrem logo!”. Um dos seguranças puxou a grade e nós entramos, há! Ainda entramos primeiro. Feliz da vida gravei vídeos e ficamos esperando o segundo portão abrir, que nos dariam acesso ao evento mesmo. Ficamos até mais de 13:30 nessa história. Mais de uma hora de atraso na hora de abrir os portões. Nesse portão eles revistavam absolutamente tudo! Nem com comida podia entrar então um grupo que parecia ter trazido a compra do mês, começou a distribuir biscoitos, chocolates...


Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário